>VAREJO NO BRASIL VAI DE VENTO EM POPA

>

É, meus amigos, a tal da marolinha que virou tsunami parece estar passando. Apesar da crise ter atingido em cheio determinados estados – por exemplo, Minas Gerais, cuja economia é dependente do extrativismo mineral – e determinados segmentos de mercado – especialmente a indústria, siderurgia e mineração, os ramos da economia brasileira mais internacionalizados -, parece que o varejo brasileiro resistiu bravamente às intempéries. E, agora, tudo indica que definitivamente o vento está mudando de direção…

Segundo artigo publicado na edição de ontem do periódico O Globo, a partir de informações fornecidas pelas principais cadeias varejistas do país, o segundo trimestre de 2009 marca o ponto de inflexão na trajetória até então descendente do nosso mercado consumidor. Tudo indica que os brasileiros estão comprando mais, gastando mais, fazendo mais dívidas, isto é, reaquecendo a nossa economia.

Vamos aos dados…

O Pão de Açúcar informou que o lucro líquido auferido no segundo semestre desse ano foi 155% maior do que o obtido no mesmo período do ano passado – isto é, antes do “estouro” da crise financeira global, que ocorreu no último trimestre do ano passado. As Lojas Renner obtiveram um aumento de 2,7% no lucro líquido deste mesmo período, em comparação ao número obtido no ano passado. E a Marisa, outra rede de vestuário, os ganhos foram 46,84% maiores. Na Ricardo Eletro, uma das estrelas em ascensão no varejo brasileiro, as vendas do mesmo período cresceram de 10% a 12% frente ao segundo trimestre de 2008.

Tudo isso por causa de dois fatores: primeiro, a manutenção da oferta de crédito; segundo, a manutenção do poder de compra, a grande responsável pelo dinamismo da economia brasileira na atualidade.